Fonte: G1 | Autor: Wellington Roberto | Publicação: 23/08/16

A Câmara Municipal de Presidente Prudente aprovou na sessão ordinária desta segunda-feira (22) um projeto de lei, de autoria do Poder Executivo, que autoriza o município a firmar um convênio com a Universidade Estadual Paulista (Unesp) para a execução de um projeto de extensão que visa ao aproveitamento de entulho na cidade.

O texto foi aprovado pela Casa de Leis em primeira e segunda discussões, com pedido de urgência. Conforme o secretário municipal do Meio Ambiente, Wilson Portella Rodrigues, a Prefeitura disponibilizará uma verba no valor de R$ 28.900 para a realização dos trabalhos.

Segundo Rodrigues, os estudantes poderão desenvolver com o convênio um reaproveitamento de resíduos da construção civil que poderão ser utilizados em obras da própria Prefeitura. “É um trabalho importante, pois é uma maneira de contribuirmos para a preservação do meio ambiente. O material que seria descartado, de alguma maneira até irregularmente, poderá ser reutilizado em benfeitorias para a população e para o meio ambiente”, explicou o secretário ao G1.

Conforme o professor responsável pelo projeto de extensão, Fernando Sérgio Okimoto, os trabalhos já estão em andamento e o valor disponibilizado através do convênio será revertido para a compra de uma máquina trituradora de resíduos.

“Com esse equipamento, poderemos triturar resíduos de concreto, argamassa, tijolos e cerâmicas. Após esse processo, o material poderá ser utilizado para a realização de concreto com agregados reciclados, dispensando o uso de areia e de pedras britas”, explicou o professor.

Okimoto relatou ao G1 que a ideia do projeto surgiu quando os pesquisadores realizaram a requalificação ambiental de uma área verde localizada no Jardim Morumbi, em Presidente Prudente. “Apresentamos uma série de medidas de benefícios do projeto ao Ministério Público Estadual [MPE], através da Promotoria de Justiça do Meio Ambiente, que nos orientou a buscar auxílio no Fundo Municipal do Meio Ambiente, para a compra do equipamento”, afirmou.

Os pesquisadores apresentaram o projeto ao órgão municipal e se dispuseram a realizar os trabalhos que também beneficiarão o poder público. “Não tínhamos condições de realizar a compra do equipamento. Dessa maneira, a reitoria da Unesp disponibilizou R$ 30 mil e a Prefeitura se comprometeu a ajudar com o restante. Com esse equipamento, é possível triturar seis metros cúbicos de resíduos por hora”, detalhou ao G1.

Conforme Okimoto, a máquina também poderá triturar madeira e plástico. O pesquisador ainda relatou ao G1 que novas pesquisas serão realizadas para que os resíduos desses materiais também sejam reutilizados.

Atualmente, o projeto de extensão conta com oito alunos do curso de arquitetura da Unesp.

Convênio permite o reaproveitamento de entulho da construção civil